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terça-feira, abril 10

Hasta la vista...cabrones!

Atão?
Pensaram que eu já tinha ido desta pra melhor? Não, ainda cá ando. Se bem que "ir desta para melhor", é fácil...é só atravessar a fronteira e estamos em Espanha.

Dantes dizia-se (e ainda há quem diga) "de Espanha, nem bom vento nem bom casamento". É certo. Tá certo. claro, que há outras coisas boas que de lá vêm: os iogurtes, os flocos de cereais, as laranjas, as batatas e legumes em geral, certos pepinos, e claro as pipas (sementes de girassol).

Mas porquê falar de Espanha? Eh pá, apeteceu-me intervalar...o nosso Portugal é quase como um pesadelo interminável - a vida vai ficando melhor para aqueles que já estão bem...e muito pior para aqueles que já não tinham onde cair mortos, que é o meu caso - acham que ia estar a mandar filetes se estivesse de férias nas caraíbas? Nah....!

Espanha é aquela coisa do nosso imaginário infantil: caramelos (em espanhol, caramilhos), chocolates (em espanhol, "nêslê"), tudo escondido debaixo do assento do carro ao passar na fronteira, e agora aparecem-me também na TV e nas revistas estas Merches, Mercedes, Pilares, Adelas e Penélopes, como se estivéssemos numa província espanhola qualquer.

Olhem lá: no outro dia fui ao Bom Jesus (em Braga). Sentei-me na esplanada, e quase não consegui comunicar com o empregado ( em espanhol, cámáréro) - bom, estou a exagerar, consegui fazer o meu pedido: lá fui gesticulando para uma tosta mista (em espanhol tostadita de mézcla de quesito y jámón, con un chiquitito de matequilha nel luémbo del pán) e um fino ( em espanhol, un delgadito). E fui gesticulando porquê? Porque estavam todas as mesas ocupadas por uma chusma de espanhóis todos a "hablar" com o volume no máximo, como se Algeciras tivesse sido invadida pelos marroquinos ou estivessem para abrir las rebajas nas galerias preciados...ou no Corte Inglés (Já agora...porque é que se ouve sempre dizer no EL corte Inglés ao invés de No Corte Inglés? Será um fundamentalismo árabe?) .

Bom, continuando, eu que pensava que ia estar ali uma meia-horita a ouvir os pardais e a sorver um "finito" ou dois, acabei por engolir a tosta amolecida por goladas de cerveja e em 2 minutos estava tudo acabado - bom, tirando os cerca de 10 que estive à espera que o empregado trouxesse o pedido.

Acreditem que comecei a ficar com uma dor(em espanhol, un dolor) de cabeça (em espanhol, miôna), que era a única opção a tomar: dar de frosques (em espanhol, dar quiórda a los patines)

O turismo é bom, é. Mas para quem vai em "tour", porque quem tem que levar com "los turistas", normalmente gasta uns euritos no otorrino.

Até mais blogo,


Lopitus

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